sábado, outubro 21, 2006

fragmento43


Perdoo-te;
...não me teres dado ouvidos.
...não teres respeitado a minha opinião e experiência.
...teres duvidado do meu amor.
...não teres compreendido os meus pedidos.
...não me teres permitido nunca entrar no teu mundo.
...não teres confiado em mim.

Perdoo-te a infantilidade,
O rei bebé
A mocinha rebelde
A toda autoridade e sabedoria
A toda independência.

Vai, vai em paz, fica em paz.

Lamento não ter conseguido demover-te desse teu medo de relacionar.
Lamento não ter conseguido fazer mais pela comunicação entre nós.

Não há mais pelo que chorar.

Vai e sê feliz.

Fica a dor de te ter perdido, faz muito tempo, apesar de, não querer ainda acreditar.

Ainda me custa tocar-lhe.

Hei-de permitir-me libertar a raiva e o ressentimento que estão reprimidos dentro de mim.
Raiva pelos sentimentos de dor, desilusão rejeição e solidão que despertaste em mim, pela fragmentação dum núcleo outrora vivido, faz 6 anos já, desde então estilhaçado.

Optaste pelas “palavras que jamais te direi”

E o desencontro foi aí…

… eu optei desde o início pelas palavras “e tudo o que eu te dei...”

Que grande desilusão.

Vai em Paz.
Pura e simplesmente, vai-te.
Deixemo-nos de falsas modéstias.

Só por agora, ODEIO-TE, CULPO-TE, DETESTO-TE.

Pareces-me estar em representação constante, numa negação infindável, num

beco sem saída.

AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH

kerotati

1 comentário:

belakbrilha disse...

Só por agora, ODEIO-TE, CULPO-TE, DETESTO-TE.
...

Espero que estes sentimentos tenham sido bem BREVES...
...e que não passem agora de meras recordações bem ténues!!

bj