terça-feira, agosto 11, 2009

fragmento78


O amor genuíno não só respeita a individualidade do outro como,
de facto, procura cultiva-la, mesmo correndo o risco de separação ou perda.


Mas que haja espaços na vossa união,
E que os ventos dos céus dancem entre vós.

Amai-vos um ao outro, mas não façam do amor um elo:
Deixem-no antes ser um mar que se move entre as praias
[das vossas almas.
Encham a taça um do outro mas não bebam só duma taça.
Dêem do vosso pão um ao outro mas não comam
[do mesmo pão.
Cantem e dancem juntos e alegrem-se, mas deixem
[que cada um esteja só,
Tal como as cordas duma harpa estão sós embora vibrem
[com a mesma música.

Dêem os vossos corações, mas não para que cada
[um os guarde.
Porque só a mão da Vida pode conter os vossos corações.
E mantenham-se juntos mas não demasiado próximos:
Porque os pilares do templo estão afastados,
E o carvalho e o cipreste não crescem na sombra
[um do outro.

Kahlil Gibran

Kerotati

1 comentário:

A.R. disse...

uma frase excelente. um blog mto interessante e com reflexões sentidas e inteligentes.

abraço