quarta-feira, janeiro 15, 2014

fragmento 117




Vento que não sopra, chuva que não molha,
frio que não se sente, silêncio ensurdecedor...

Assim passo por nada,
assim vou somando a tudo
Assim vivo morrendo a cada instante
de tédio, de vazio, de falsa esperança

Assim vou indo sem destino afixado
para longe, longe de tudo ou nada

Assim resta um pulsar e um olhar vazio
Uma dor que já não dói...

Em paz

kerotati