segunda-feira, setembro 18, 2006

fragmento28


É um daqueles momentos,
Um vazio cheio de nada.
Um turbilhão, de tudo, imperceptível.

Estou zangado.
Estou dorido.
Estou gelado.
Estou cansado.

Não tenho fome.
Não tenho sede.
Tenho sono mas não consigo dormir.
Quero dormir. Não quero sentir.

Fazes-me falta.
Agarro-me a ti como a única alegria e réstia de felicidade.
Que decadência…tão à mercê da carência, da dependência.
Que vergonha ser humano.

Era suposto ser forte.
Ser auto-suficiente.

Não era suposto ser deficiente (risos)
Dependente ou precisar de fosse do que fosse,
Não era suposto ser o que sou.

E sabes que mais,
Gosto de mim assim
Sensível
Deprimido

Com humor....
talvez devesse ter dito, com Amor.

Loucos são os anjos
Esses não aterram
Imagino-os sempre no ar.

Tenho medo de virar anjo.

Prefiro a dor
A dor de viver

Prefiro ter-te
Nem que seja uma vez na vida.

Kerotati.

2 comentários:

belakbrilha disse...

Ninguém é de ninguém , nem depende desse alguém......só de si, para ver/sentir a vida com todos os cheiros e sabores...
Sentir é muito bom!.é sinal k se está VIVO...e quem está VIVO assim jamais poderá ser defeciente
...e como é bom SER...como é...

Viver nunca foi fácil...saber viver é uma arte que se conquista!...e essa conquista parte de ser...e gostar de ser!

bjs

Issima disse...

Estar vivo já é, por si, uma benção.
Há dias mais solarengos, não desesperes.

Um beijo